Conversar por mensagens online faz parte do dia a dia de milhões de usuários, não à toa o WhatsApp se tornou o aplicativo mais popular do mundo. Uma maneira de se relacionar nesse ambiente é pela prática de sexting, que consiste no compartilhamento de conteúdo erótico – recados, fotos ou vídeos – em mensageiros e redes sociais. A atividade arriscada é comum entre jovens com menos de 18 anos, que contribuem com 25% dos recebimentos desse tipo de material íntimo, de acordo com pesquisa do Journal of the American Medical Association Pediatrics.
A participação dos adolescentes nesta prática revela também a exposição desse grupo a riscos, como possíveis vazamentos e a chance desse conteúdo ser repassado a terceiros e se tornar público. No entanto, para os adultos que não abrem mão desse tipo de interação, há serviços como Telegram, Signal e Dust que podem ser menos arriscados nesses casos. Vale lembrar que é de responsabilidade do usuário manter esse tipo de comunicação na Internet.
- O QUE É SEXTING?
O termo “sexting” é a junção das palavras das palavras “sex” e “texting”, que pode ser traduzida livremente como “sexo por mensagens de texto”. Atualmente, a palavra tem um significado mais abrangente e se refere também o envio de fotos, vídeos e mensagens de áudio. Isso se deve à modernização da prática com o avanço das tecnologias móveis e a chegada de aplicativos de bate-papo, como WhatsApp, Messenger, Instagram e Snapchat, que permitiram novas possibilidades. Assim, o sexting passa a ser entendido de uma maneira ampla, como a troca de conteúdo erótico pessoal por qualquer meio eletrônico.
- SOBRE SEXTING
Um em cada quatro jovens admite já ter recebido mensagens de conteúdo sexual. A constatação é feita por um estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association Pediatrics. A pesquisa aponta também que um em cada sete afirma já ter praticado sexting. Quanto à frequência de compartilhamento, cerca de 27,4% recebem materiais como conotação erótica, enquanto 14,8% são responsáveis por esse tipo de abordagem.
Os pesquisadores conseguiram identificar que 12% dos jovens entrevistados já mandaram “sexts” (termo em inglês aplicado a esse tipo de mensagem) para terceiros e cerca de 8,4% já souberam de algum conteúdo explícito seu que foi repassado sem autorização. Desse modo, o estudo indica a tendência desse tipo de comportamento na adolescência, além de ressaltar a prática como fator associado ao desenvolvimento sexual desse grupo.
Para alcançar esse resultado, os pesquisadores analisaram dados de 39 estudos realizados entre janeiro de 1990 e junho de 2016, referentes a mais de 110 mil jovens, com menos de 18 anos, de diversos países do mundo.
Emojis sexuais
Outra forma de expressão incorporada à prática de sexting são emojis sexuais nas mensagens. As figurinhas representam de forma visual as intenções de quem envia o recado em mensageiros e redes sociais. Dessa forma, eles são capazes de contextualizar o assunto e trazer nuances à comunicação virtual. Alguns exemplos comuns são: carinha sorrindo com um olhar enigmático (😏), piscando (😉) ou enviando um beijo (😘), até outros mais sugestivos como língua (👅), beringela (🍆) e gotículas (💦). Os recursos podem ser muito úteis para aqueles que gostam de flertar por mensagens virtuais.
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